O Blues nasceu como a voz dos escravos dos campos de algodão do sul dos Estados Unidos. Esses escravos cantavam durante os trabalhos nas plantações para aliviar a dureza do trabalho. No entanto, o violão foi incorporado no Blues por influência mexicana.
O Blues aparece no México mais ou menos nos anos de 1970 com a Banda Angar. Em 1981, outra banda de destaque surge, o “Folhagem” (Foliage), tendo Jorge García Ledesma como vocal e gaita.
Atualmente, Ledesma é um ícone do Blues mexicano, além de escritor e compositor, é presidente da Associação Mexicana de Blues. Ele publica a revista eletrônica “Palabra de Blues”, que reúne diversos colaboradores que formam artigos com mais de 600 páginas, com reportagens, entrevistas e fotografias. Além disso, ele organizou festivais como o “Blues feito no México” e colaborou com artistas como Betsy Pecanins, Piazza, Rod, Batiz Javier, Toussaint Cecília, Galindo Nina. E também lançou seu último livro Blues con sentimiento.
Outro livro publicado que tem o blues do México em foco é o livro Los Festivales de Blues en México (1978-2008) do autor, jornalista e fã do Blues, Artur Olvera, é um compendio dos artistas e festivais apresentado neste país.
O México influenciou o blues desenvolvido no Texas. De acordo com Alves (2011, p. 58):
(...) devido ao isolamento geográfico, o blues desenvolvido no Texas sofreu influências da cultura hispano mexicana. Dentre os principais criadores, destacam-se Blind Lemon Jefferson, Texas Alexander e Leadbelly. Cumpre-nos lembrar ainda que, apesar das diferenças regionais e das peculiaridades desses blues do sul, os instrumentos utilizados por seus intérpretes eram os mesmos. Dentre estes, destacamos a guitarra, elemento fundamental não apenas por ser prática de transportar e barata, mas também pela facilidade com que os músicos podiam tirar dali as “blue notes”.
Para ouvir Blues mexicano, você pode acessar os seguintes links: http://www.myspace.com/bluesmexicano
Referências
ALVES, Amanda Palomo. Do Blues ao movimento pelos direitos civis: o surgimento da “Black music” nos Estados Unidos. In: Revista de Historia, 3, 1, 2011, p. 50-70. Disponível em: http://www.revistahistoria.ufba.br/2011_1/a04.pdf. Acessado em 15/11/2011/
Por Sara
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