Arriba PIBID

Africanidade: Esclarecendo significados e definindo procedimentos pedagógicos

A Professora Doutora em Educação Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva em seu texto “Africanidade: Esclarecendo significados e definindo procedimentos pedagógicos”, com publicação na Revista do Professor (2003) vem discutir a temática das africanidades brasileiras.

Silva inicia sua abordagem com a apresentação do que venha a ser “africanidades brasileiras”. Segundo a autora, “a expressão africanidades brasileiras refere-se às raízes da cultura brasileira que têm origem africana.” E salienta que:

dizendo de outra forma, queremos nos reportar ao modo de ser, de viver, de organizar suas lutas, próprio dos negros brasileiros e, de outro lado, as marcas da cultura africana que, independentemente da origem étnica de cada brasileiro, fazem parte do seu dia-a-dia. (Petronilha: 2003, p. 26)

O leitor fica se perguntando: “Mas o porquê de se estudar as africanidades brasileiras?”.  Na preocupação de situar o seu leitor em relação a essa grande indagação, a professora destaca sobre o porquê desses estudos referentes às africanidades. Para exemplificar, lê-se o fragmento a seguir:

estudar Africanidades Brasileiras significa estudar um jeito de ver a vida, o mundo, o trabalho, de conviver, e lutar por sua dignidade, próprio dos descendentes de africanos que, ao participar da construção da nação brasileira, vão deixando nos outros grupos étnicos com que convivem suas influências e, ao mesmo tempo, recebem e incorporam as daqueles. (Petronilha: 2003, p.26).

Vale ressaltar a passagem em que a professora Petronilha defende que “deveriam combater os próprios preconceitos, os gestos de discriminação tão fortemente enraizados na personalidade do brasileiro”.

O grupo ¡Arriba Pibid! iniciou seus estudos sobre a temática das africanidades a partir desse texto de Petronilha para ter um maior conhecimento e aprofundamento sobre o tema e discutir a lei 10.639/03, a qual  institui a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas nos estabelecimentos de ensino de diferentes níveis e modalidades, cabendo aos sistemas de ensino, no âmbito de sua jurisdição, orientar e promover a formação de professores e professoras e supervisionar o cumprimento das Diretrizes. Portanto, um de nossos objetivos é tratar o ensino da língua espanhola resgatando a contribuição dos povos de origem africana nos diferentes países de fala espanhola e, dessa forma, traçar caminhos para que a lei 10.639/03 se concretize no currículo das escolas brasileiras no que se refere ao ensino das línguas estrangeiras, principalmente a espanhola.

Referências:

SILVA, P.B.G. “Africanidade: Esclarecendo significados e definindo procedimentos pedagógicos. Revista do Professor, Porto Alegre, v.19, n°73, p. 26-30, jan./mar. 2003.

Por Renan Fagundes