terça-feira, 1 de maio de 2012

Graziela no Colégio Frei Doroteu de Pádua

Nas palavras de Daniela...
Muito mais que a simples observação das aulas das professoras supervisoras, realizada pelos bolsistas, o que vem ocorrendo nas escolas de atuação do PIBID-espanhol, é a interação entre professoras supervisoras, graduandos/as e alunos/as.
A cada aula é possível perceber o acesso dos/as bolsistas ao contexto escolar e como isso vem contribuindo para a formação inicial e continuada dos professores de espanhol. Os/As bolsistas, além de observarem as aulas, auxiliam no desenvolvimento das atividades e interagem com os/as alunos/as, não somente durante as aulas, como em todo o espaço escolar. Como professora supervisora, posso afirmar que esta participação está sendo fundamental para a formação continuada, pois há uma troca de conhecimentos, experiências e estratégias que podem ser utilizadas nas aulas de espanhol. Assim, a postura de professora reflexiva crítica tem estado cada vez mais presente no dia a dia da atividade docente.
E foi a partir desta interação entre professora, bolsista e alunos/as que ocorreu a 1ª intervenção em sala de aula, pois em contato com os alunos, foi verificada a habilidade da bolsista Graziela Borsato na confecção de origamis e a solicitação de alunos/as para que os/as inserissem nesta arte. Então, após autorização das professoras coordenadoras, foi solicitado à graduanda que elaborasse uma atividade, em contextualização com o conteúdo trabalhado, e em uma aula, construísse com os alunos um origami.
Assim, nos dias 19 e 20, nas 2ª séries do Colégio Frei Doroteu de Pádua, Graziela Borsato realizou a 1º intervenção do PIBID-espanhol, em sala de aula. Contextualizando com o tema “Derechos de los niños”, construiu com os alunos o origami Tsuru. Foi uma excelente participação, os/as alunos/as aproveitaram o desenvolvimento da atividade e visualizaram o uso da língua espanhola em uma situação real. Além do conhecimento de dados da cultura japonesa e a relação com o tema trabalhado em sala de aula.
Que seja esta a 1ª de muitas atuações dos/as pibidianos/as em nossas salas de aula, o que só vem a contribuir para o desenvolvimento de nossas aula e o resultado positivo de um ensino de espanhol prazeroso para os alunos. Graziela Borsato merece os cumprimentos pelo uso do espanhol em sala de aula, a interação com os alunos e, acima de tudo, o aceite para o desenvolvimento da atividade.

Fotos de Daniela Esteche

  Nas palavras de Graziela...

Foi uma ideia interessante a Profª Daniela sugerir que eu integrasse origamis e espanhol e fizesse uma intervenção com o tema “Derechos de los niños”. Para isso, iniciei pensando em qual origami escolher, foi quase que imediato a escolha do Tsuru por causa de sua lenda e sua importância no mundo oriental.
Eu tinha como meta mostrar como as coisas detalhadas no oriente tem valor. Contei a eles a lenda do origami Tsuru¹ e também a história de Sudako Sasaki², que abordou o tema dos direitos das crianças e dos adolescentes em tempo de guerra. Como Sudako, a turma deveria eleger um objetivo para o qual aprendermos e fazermos os origamis. Cada turma escolheu um que variou entre paz para todos e melhor qualidade de vida.
Toda a parte da contextualização foi feita em espanhol, acredito que a compreensão tenha sido boa e a parte da construção do origami, por questões de tempo e praticidade, foi feita em português.
Vê-se a importância da interdisciplinaridade e do planejamento, pois cada turma reagiu a seu modo sobre o mesmo tema e cabe ao professor se adaptar. Só foi possível eu prever/planejar toda a aula porque estive um tempo observando as turmas e, nem por isso, deixou de ter imprevisto. É aí que percebemos a importância de projetos como o PIBID, pois somente com os estágios obrigatórios é difícil estar em contato com a vivência da sala, só se tem uma breve noção. Com o PIBID, nós inicialmente observamos, agora vamos iniciar as intervenções e, depois disso, veremos e analisaremos os resultados, ou seja, ver/analisar o que conseguimos mudar na realidade escolar.
1               No Japão acredita-se que dobrar 1.000 origamis de Tsurus com a mente direcionada para uma necessidade ou desejo, garante seu desejo realizado.
2            No dia 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos detonaram sobre a cidade de Hiroshima, no Japão, a primeira bomba atômica da 2ª Guerra Mundial. A bomba caiu a pouco mais de um quilômetro da casa da menina Sadako Sasaki, que na época tinha dois anos. A mãe de Sasaki conseguiu salvá-la da explosão, no entanto, durante a fuga, as duas tomaram da chuva radioativa que caiu após o ataque. Sasaki viveu normalmente até os 12 anos de idade, quando descobriu que estava com leucemia (câncer no sangue devido a radiação nuclear que foi exposta). Em tratamento no hospital ela recebeu a visita de uma amiga que lhe contou a lenda dos mil tsurus de papel. Logo Sasaki começou a fazer as dobraduras, mentalizando sempre a sua cura, para que ao final do trabalho ela saísse do hospital livre da leucemia. Sasaki, no entanto, não teve forças para completar os mil pássaros de papel que pretendia, tendo feito 964 tsurus até o dia 25 de outubro de 1955, quando veio a falecer. Seus colegas de classe completaram os tsurus de papel que faltavam a tempo para seu enterro.

Por Daniela e Graziela

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