Semana Pedagógica Frei Doroteu
Na primeira semana do mês de fevereiro do ano de 2013,
aconteceu a Semana Pedagógica do Colégio Estadual Frei Doroteu de Pádua. Por
ser a escola em que o grupo ¡Arriba PIBID! atua, nós, os “PIBIDIANOS” fomos
escalados e cada dupla ou trio participou de em um dos dias.
No primeiro dia da semana
pedagógica (04/02), Vanusa e eu (Roselma) fomos bem recepcionadas pelos
professores, coordenação pedagógica e direção. Participamos, inclusive a
convite do diretor Luis, de todas as discussões e atividades propostas para o
dia.
Na parte da manhã, como abertura,
as pedagogas prepararam uma dinâmica muito didática. Entregaram-nos uma caixa
de “remédio” denominado “Estimulante Pedagógico”, como maneira de motivar os
professores para o início do ano letivo de 2013.
Em seguida, o diretor fez uma
apresentação dos gastos e investimentos do ano de 2012 e, ainda, a retomada de
suas propostas de campanha de quando era candidato à direção, seguida de uma
análise das quais foram executadas e quais foram desejadas. Uma das propostas,
relacionada a atividades voltadas às datas comemorativas, uma das professoras
mencionou a importância de se trabalhar, ao menos na semana da data em questão.
Nesse momento, nós levantamos a questão do Dia da Consciência Negra, a qual não
deve ser lembrada somente no dia 20 de novembro, mas sim uma questão que deve
fazer parte das discussões e vivências cotidianas dos alunos, e para tal
comentário nos baseamos nos debates feitos no PIBID, mais especificamente na
lei 10.639/03.
No período da tarde, discutimos
questões relacionadas aos alunos e seus perfis, e ainda sobre o Projeto
Político Pedagógico e Plano de Trabalho Docente.
No dia 07 (quinta- feira), eu (Ariadne) e meus colegas
Victor e Graziela fomos ao colégio. O dia foi dividido em dois momentos. No
primeiro momento, os professores foram separados em grupos e receberam um texto
que apresentava um aluno de 6º ano que sai da escola municipal e vai para um
“mundo” totalmente diferente, que é a escola estadual.
Os professores iniciaram a discussão, falando que a
adaptação desses alunos é complicada. Na discussão, foi dito que esses alunos
não têm noção de como é usado o caderno universitário, de como se faz o horário
das aulas, entre outras ações cotidianas do Fundamental II. Esse problema pode
ter sido resultado da relação de “intimidade” que eles criam com o professor do
primário e, muitas vezes, vão para a escola sem autonomia suficiente para lidar
com toda essa mudança.
Para tentar solucionar este problema, os professores
sugeriram que a escola fizesse uma parceria com a escola municipal, já que a
maioria dos alunos do 6º ano vem dá escola que fica próximo ao Frei Doroteu, e
no final do ano letivo convidasse esses alunos para conhecer a escola e ter uma
noção de como funciona essa nova etapa da vida escolar deles.
Acredito que esta maneira que os professores
encontraram para solucionar este problema seja bem eficaz. Também é fundamental
que o professor do 6º ano tenha paciência e preparação para lidar com alunos em
fase de adaptação em outro nível de ensino.
O segundo momento da reunião teve como tema a evasão
escolar nos primeiros anos do ensino médio, a causa mais apontada pelos
professores foi que o aluno vê a necessidade de trabalhar pra ajudar em casa e
põe isso como prioridade em sua vida e acaba desistindo dos estudos. O fato de
o aluno constituir a sua própria família também é outro motivo apontado como
causa dessa evasão, os motivos foram vários, mas todos eles indicam a
necessidade que o aluno tem em conseguir um emprego. Para este problema foi
sugerido pelos professores que a escola promova ações para conscientizar esses
alunos da importância do estudo em sua vida futura.
Após essas discussões, um professor da escola deu uma
palestra sobre a lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da
história e cultura afro-brasileira nas escolas. Depois da palestra, ele
distribuiu aos professores sugestões de como cumprir a lei e trabalhar
africanidades em suas aulas.
Agradecemos ao Frei Doroteu pela oportunidade de
participar da Semana Pedagógica e, com isso, ampliarmos nossa visão da escola e
nosso conhecimento sobre a prática docente.
Por Ariadne e Roselma
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