Buscando traços de africanidades no México, encontramos na cidade de Veracruz uma estátua com a interessante história do Guerreiro Yanga.
Em meados do século XVI, Gaspar Yanga chegou a Veracruz como escravo para trabalhar nas plantações de cana de açúcar. Alguns estudiosos da escravidão de africanos nos continentes das Américas acreditam que Gaspar teria sangue nobre, proveniente da família real do Gabão, mas não há nada comprovando essa hipótese.
Yanga tornou-se figura importante por ter liderado uma rebelião de escravos durante o período de colonização espanhola. Ao escaparem para as montanhas, ele e seus seguidores construíram a primeira aldeia quilombola próximo a Córdoba, a qual chamaram de San Lorenzo de los Negros.
Guerreiro Yanga e seu grupo de escravos fugitivos foram, por várias vezes, responsabilizados por ataques e saques a fazendas das redondezas, porque esse era um dos meios que optavam para terem principalmente o que comer. Após anos, o número de escravos fugidos instigados e encorajados por Yanga já tinha atingido uma quantidade incontável. Os enfrentamentos com o Exército Real também eram frequentes. Quando o guerreiro percebeu que estavam próximos a uma verdadeira guerra, enviou um prisioneiro da coroa espanhola que estava sob seu domínio com uma mensagem na qual avisava que o combate traria perdas para ambas as partes. Então, Yanga propôs que ele e seu povo cessariam os ataques em troca de terras férteis, de terem direito ao auto governo e, principalmente, que todos os escravos de seu grupo que haviam fugido antes de 1608 deveriam ser considerados livres. Finalmente, a coroa e o Exército Real se convenceram que o melhor também era cessar, porque não teriam êxito na tentativa de atacarem a grande aldeia do valente escravo guerreiro.
A aldeia San Lorenzo de los Negros tornou-se, em 1618, uma cidade que mais tarde, em 1956, foi chamada oficialmente de “Yanga”, “a primeira cidade livre no continente americano.”
Referências:
Por Roselma
 |
| Estátua do Guerreiro Yanga na cidade de Vera Cruz, México. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário