O Núcleo Estadual de Educação de
Ponta Grossa em pareceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
realizou na última segunda-feira, dia 14 de maio, quatro minicursos com
diferentes temáticas para auxiliar na formação de professores que atuam na rede
pública de ensino com a LÃngua Espanhola e acadêmicos graduandos do curso de
Licenciatura em Letras/Espanhol da mesma instituição. Um dos minicursos
propostos foi apresentado pela professora Dra. Ione da Silva Jovino, professora
da UEPG, com a temática “Ensino de espanhol e as africanidades”.
A professora coordenadora do
minicurso se apresentou a todos os participantes e destacou a participação do
NUREGS na elaboração do evento. Para se ter acesso aos eventos que tenham
envolvimento do NUREGS, verifica-se em nuregs.blogspot. Jovino iniciou seu
trabalho sobre a temática indagando os professores e acadêmicos presentes com a
seguinte pergunta: “O que os africanos e africanas que foram escravizados/as no
Brasil trouxeram consigo?” Pergunta que
seria discutida mais a fundo no desenrolar do evento.
Bingo às avessas foi o recurso
utilizado pela professora da universidade para fazer um levantamento junto aos
participantes do minicurso sobre reconhecer algumas personalidades afrodescendentes
que tiveram e têm sua importância no mundo de hoje. Descrições lidas pela
professora e nomes apontados sistematicamente nos números correspondentes. Ao
fim da apresentação e revelação da professora sobre os grandes nomes das
celebridades usadas, entre elas: poetas, deputados, escritores negros, etc.
Cada pessoa presente na sala se apresentou e comentou o porquê de toda essa
dinâmica com grandes nomes de personalidades afrodescendentes. Vale ressaltar
que, na fala de todos, enfatizou-se o despreparo dos professores em
conhecimento sobre a temática das Africanidades, termo utilizado de acordo com
Petronilha (2005), e que não nos damos contas de fatos e acontecimentos que
vivenciamos todos os dias.
Eis o ponto chave para o
despertar para a temática iniciado com a
provocação da Prof. Dra. Ione. Como profissionais da educação, devemos ter em
mente que não conhecemos tudo e não falamos espontaneamente todas as respostas
aos alunos como se fosse um dom, porém cabe a cada professor em sala de aula se
empenhar em seu papel com responsabilidade e propriedade em ensinar. Como
ressalta a professora Ione, “ensinar de acordo com fontes genuÃnas sobre a
temática”.
Para responder a primeira pergunta
elaborada por Jovino, foi necessário que cada pessoa escrevesse em um papel
aquilo que acreditava ser influência africana no Brasil. Na arca das heranças
deixadas para nós, foi destacado pelos professores: a capoeira, a feijoada,
condimentos, religião, colares, instrumentos, cantigas de rodas, entre outros. Em seguida, houve a discussão dos itens
postos na arca.
Foto: Renan Fagundes
Nota-se
a preocupação da professora ministrante do minicurso sobre a necessidade de se
verificar como se está trabalhando com a temática das africanidades, como é
previsto na Lei 10639/03, para que o professor não se perca no meio do caminho
e acabe caindo nos principais estereótipos sobre os negros por falta de
conhecimento.
Qual é a verddeira intenção de uma
formação de docentes? Aprener com a experiência alheia e dividir com nossos
colegas de trabalho os nossos questionamentos, para assim haver um avanço no
conhecimento de todos aqueles que desejam ver a educação mais crÃtica e
responsável.
Por Renan Fagundes
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