“O
fato de me perceber no mundo, com o mundo e com os outros me põe numa condição
em face do mundo que não é a de quem nada tem a ver com ele. Afinal, minha
presença no mundo não é a de quem nele se adapta, mas de quem nele se insere.”
Paulo Freire
O Encontro de Acolhida e de Integração PIBID
2013 realizou-se no dia 21 de Março, com o propósito de integrar os novos
alunos bolsistas do PIBID/UEPG com os alunos já participantes, os professores
supervisores do PIBID, diretores e pedagogos das escolas envolvidas.
No período da manhã, às 10 horas, no Grande
Auditório, bloco A – Campus Central/ UEPG, a Coordenadora Institucional PIBID 1
Célia Finck Brandhi deu início aos trabalhos apresentando o Projeto aos novos
bolsistas.
Brandhi expôs os objetivos gerais do Projeto
PIBID, dentre os quais: incentivar a formação de professores para a educação
básica, contribuindo para a elevação da qualidade da escola pública; valorizar
o magistério, incentivando os estudantes que optam pela carreira docente;
proporcionar aos futuros professores participação em experiências
metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e
interdisciplinar e que busquem a superação de problemas identificados no
processo de ensino-aprendizagem levando em conta o IDEB e o desempenho da
escola em avaliações nacionais, como Provinha Brasil, Prova Brasil SAEB, ENEM,
entre outras; e incentivar escolas públicas de educação básica tornando-as
protagonistas nos processos formativos dos estudantes das licenciaturas,
mobilizando seus professores como co-formadores dos futuros professores.
As atividades do Projeto PIBID, segundo Célia
Brandhi, devem prever obrigatoriamente a inserção dos alunos bolsistas nas
escolas dos sistemas públicos de educação básica. O plano de trabalho deve indicar a estratégia
a ser adotada para a atuação dos bolsistas nas escolas da rede pública de
educação básica, de forma a privilegiar ações articuladas e concentradas,
evitando a dispersão de esforços; ademais, deve também haver indicação de
critérios de seleção dos professores supervisores, responsáveis pela supervisão
dos pibidianos nas escolas e indicação dos processos de seleção dos alunos
bolsistas, bem como a forma de controle de frequência e resultados do trabalho
destes bolsistas.
Como resultado da intervenção do PIBID, dos
alunos bolsistas, professores supervisores e coordenadores dos subprojetos nas
escolas, espera-se a diminuição da evasão dos alunos e maior procura pelos
cursos de licenciatura; reconhecimento de um novo status para as licenciaturas
em meio acadêmico; articulação entre teoria e prática, universidades e escolas
básicas; elevação da autoestima dos licenciandos; formação continuada para os
coordenadores e supervisores; presença crescente dos trabalhos dos bolsistas em
eventos científicos, entre outros.
A Coordenadora Institucional PIBID 1 encerrou
sua fala com o depoimento de um aluno bolsista (pibidiano), em que o aluno
elenca o quão importante é para um acadêmico de licenciatura participar de um
Projeto da dimensão do PIBID, pois com a inserção do licenciando nas escolas,
este passa a ver de forma diferenciada as práticas pedagógicas e as situações
que fazem parte do dia-a-dia escolar.
No período da tarde, às 13h30, houve a
abertura com cerimonial, contando com a presença de autoridades convidadas,
dentre elas o Vice-Reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, a
Pró-Reitora de graduação Graciete Tozetto Goes e a Coordenadora Institucional
PIBID 1 Célia Brandhi e outros.
Às 14h, deu-se início a palestra com o
Professor Doutor Ruy Cezar do Espírito Santo (FAAP/SP e PUC/SP). A palestra
teve como foco a grande transformação da educação, na qual o educador é
detentor do papel mais importante, pois cabe a ele resgatar a história dos seus
alunos.
Segundo Espírito Santo, no ano 0, a
humanidade viveu grandes mensagens através de Cristo: conhece-te a ti mesmo
(princípio da sabedoria), e no ano de 1945, o ano da transformação iniciou-se um
processo de mudança. Citando Paulo Freire, enfatiza o fato de que para a
educação se efetivar deve-se conscientizar antes de alfabetizar.
Para Ruy Cezar a educação acontece por meio
do autoconhecimento, o encontro do ego com o “self”. O professor deve ser
criativo, mas para que haja a criatividade precisamos nos despertar para a
arte, e isto exige que tenhamos a consciência da liberdade, da nossa liberdade.
De acordo com o palestrante, existem dois tempos: o cronos, o tempo do relógio,
e o kairós, este que é entendido como o tempo do espírito, o tempo do aqui e
agora, é este tempo em que o professor doa-se a seus alunos, a sua aula e
exerce a sua criatividade.
Por fim, de acordo com o Dr. Ruy Cezar,
devemos ser auto-criadores, vivendo a nossa liberdade profunda e, acima de
tudo, respeitar a liberdade do outro.
Após o
término das palavras do Dr. Ruy Cezar do Espírito Santo, aconteceu um momento
de confraternização com o Stand up de Diego Castro.
Por Paola Pereira e Lincoln Freitas
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